domingo, 27 de maio de 2012

O DEMÓSTENES NÃO PODIA TER FEITO O QUE FEZ


Em princípio, todos somos pessoas de bem, nascemos inocentes e aprendemos com a educação que nossos mais nos derem a praticarmos boas ações. A vida aos poucos nos ensina que o mal não deve ser praticado e que o crime não compensa. A personalidade vai sendo forjada desde a infância, o caráter vem do berço, mas do berço que nos derem, do exemplo e educação familiar. Pau que nasce torto morre torto, então o berço tem de ter qualidade para que o pau nasça reto. O problema é que, ao contrário do pau torto que não se endireita, pau que nasce reto, entorta.
LEVAR VANTAGEM
Será que é fácil ser correto no país onde por tanto tempo, e ainda hoje vigora a “lei de Gerson”, a que manda levar vantagem em tudo? Nos noticiário pipocam todo dia notícias de corrupção na gestão pública. Ora, corrupção é roubo mesmo, corrupto é ladrão mesmo, essa denominação que se dá, de corrupto, é apenas uma versão chique para o termo ladrão, gatuno, larápio e todos os outros que servem para adjetivar aqueles que gostam de se apoderar do alheio, do que não lhe pertence por direito.
Não é fácil ser do bem. Até Cristo, a divindade em homem, foi tentada, o demo fez de tudo para corrompê-lo oferecendo coisas materiais e prazerosas para a carne. Para resistir até a ajuda de Deus foi suplicada, a vigilância em cima de orações, fé e sofrimento venceu o mal, mas a briga continua até os tempos atuais.
RESPONSABILIDADE É MAIOR
Mas, se é difícil praticar o bem, ter uma conduta reta, quem o faz chama para si outra responsabilidade maior, a de não poder errar nunca face ao exemplo no qual se torna. Maior ainda é essa responsabilidade quando o homem de bem é uma personalidade pública. Uma personalidade pública, praticante do bem vira herói, torna-se modelo e referência para o orgulho dos que nele acredita.
Na política existem homens e mulheres de bem aos montes, um setor tão antigo como este na existência humana, que lida diretamente com os interesses da coletividade. A política expõe seus agentes numa vitrine onde, ao contrário de produtos exibidos no comércio, não se procura ver tanto as qualidades, mas principalmente os defeitos dos produtos, no caso os políticos e gestores.
Nesta luta entre o bem e o mal, a proporção alcançada na atividade política é muito grande, o próprio sistema democrático pressupõe vigilância entre os poderes, são homens vigiando homens, em cargos e funções diferentes, mas todos são iguais, pessoas normais com desejos e ambições próprios da raça humana. Mas, trazem consigo também algo que vem do berço, o caráter e a personalidade do bem
Na vida pública, a prática do bem é obrigação, pois todos chegam lá pelo voto do eleitor que o vê como uma figura do bem e da competência. O político tem a obrigação e o dever de praticar o bem, de ser reto e de jamais roubar, tomar para si o recurso cujo destino no final deveria ser para os serviços e bens a favor da coletividade.
A propina, a troca por favores políticos, nada mais são que formas antecipadas do roubo, antecedem de forma habilidosa a gatunagem mais fuleira que só sabe roubar ou assaltar na ponta final da cadeia criminosa. A corrupção é uma forma mais intelectual perniciosa e mais maléfica da prática criminosa que ronda a humanidade desde os primórdios dos tempos.
TOLERÂNCIA ZERO
O senador Demóstenes Torres representava o herói vivo e combativo nesta luta difícil do bem contra o mal na vida pública. A tolerância zero na segurança pública contra o crime praticado, o modelo da retidão goiana, o político promissor que orgulhava não mais aos goianos, mas ao Brasil, o país tão necessitado de quadros éticos na vida pública.
Os goianos enviaram para o Congresso Nacional, com duas votações exageradas um modelo de honestidade buscada no Ministério Público pelo governador para auxiliá-lo na segurança pública.  Demóstenes diminuiu de forma muito visível a atividade criminosa em Goiás. Então por isso os goianos o escolheu para representar o cerrado brasileiro como que dizendo, “no meio dos paus tortos daqui do cerrado são forjados homens e mulheres retos, que lutam e que não se envergam, não se entortam e são honestos. Toma prá você Brasil, o orgulho dos goianos, o Demóstenes que temos aqui é do bem, incansavelmente do bem.
Será que os goianos pecaram por mandar nosso modelo para aquele mar de lamas esparramado em Brasília? Não, claro que não. O herói tem de lutar onde o mal é praticado, heróis nascem predestinados a combater o mal. Heróis não fracassam, nem fraquejam, são invencíveis e aterrorizam o mal.
O Demóstenes não podia ter feito o que fez, podia ter se misturado na lama com os porcos, tê-los combatidos e vencidos, mas não podia ter se tornado um deles, teria de sair limpo do lamaçal, sem se sujar nem trazer nódoas sobre si.
PALADINO DA ÉTICA E DA JUSTIÇA
Junto à fraqueza de Demóstenes, o paladino da ética e da justiça, vem de rabeira algumas dúvidas e decepções, revolta por ver ferido o orgulho depositado na urna na hora do voto, foi derrubada a certeza de que tínhamos nosso defensor goiano da ética e da moralidade na atividade política.
Demóstenes deve estar ferido no seu íntimo como pessoa que não resistiu às tentações da criminalidade, que caiu diante do mal. Mas deve saber que os ferimentos fazem sofrer na sua alma, dói na alma de milhões de goianos e brasileiros. É público e notável a revolta da população, expressada nos veículos de comunicação e redes sociais, que se dá em proporção à grande decepção sentida, que é grande. O Demóstenes tinha a credibilidade da população, perdeu esse bem irrecuperável, a confiança só se perde uma vez.
A sua relação de amizade com o bicheiro não compactua com a sua conduta reta antes exibida, andou com quem não podia ter andado, e agora mostrou ao país que se tornou um deles, um reles aproveitador da oportunidade outorgada pelo povo, o mandado eletivo.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Nas CPIs, nada dá em nada, nem tudo dá em tudo, mas são necessárias sim, para o bem da sociedade e terror dos corruptos!

O mal não está na quantidade ou qualidade das CPIs, mas na motivação ou condução de algumas delas. Um grande erro da sociedade é o hábito de generalizar repercussão sobre determinado assunto. E, querer rotular como desnecessárias, pela ineficiência, as CPIs, é um equívoco, ato que não cabe na atual conjuntura democrática de Goiás e do Pais.
Entre tantos instrumentos disponíveis aos membros do Legislativo para o bom desempenho de suas atividades, estão as Comissões Parlamentares de Investigação, as CPIs. O parlamentar faz leis, vota o orçamento de receita e despesas do Executivo, que também é uma lei. É atribuição dos legisladores fiscalizarem atos do Executivo. As Comissões Parlamentares, nada mais é que a formação de um grupo de parlamentares, representando os diversos partidos presentes no parlamento, com a missão de investigar determinado assunto, ou denúncia, seja ligado à administração pública ou não, mas que tenha conotação e interesse público.
O que incomoda nas CPIs, é que, por força de lei, seus poderes são bem amplos, meio de polícia e de justiça mesmo. A CPI intima, convoca, prende, busca, investiga, solicita, emite parecer, e encaminha para julgamento. Uma CPI tem poderes de ação que às vezes são desconhecidos pelos próprios componentes da mesma. Por isso as CPIs são o terror para qualquer agente político corrupto ou segmento nocivo da sociedade mirado por elas.
Na verdade, quando se analisa as atribuições e poderes deste poderoso instrumento de representação popular, a impressão que se tem é a de que elas são a panacéia da sociedade, e bom seria se todo dia fosse criada uma para resolver tantos problemas vividos. São as CPIs que trazem à tona, para conhecimento público, assuntos que, sem elas, passariam despercebidos ou encobertos, elas revelam grandes males e crimes que afetam a todos, ou a determinado segmento social. Mas não resolvem nada na verdade, nelas nada dá em nada, nem dá em tudo. Elas apenas investigam, relatam e encaminha para julgamento. Quem decide é o Plenário, soberano na Casa Legislativa, compostos por todos os membros, que pune ou absolve.
O problema criado com tantas CPIs, é que, às vezes elas são corrompidas, ou mal formadas, com membros incompetentes ou corruptos, e tem o seu foco enfraquecido ou desviado. A sociedade necessita das CPIs, o que não pode é condená-las por conta de algumas mal conduzidas ou equivocadas.
O fato das CPIs não darem é nada é relativo. Algumas não concluem da forma esperada determinada investigação, não pune os culpados ou até mesmo nada descobre, isto é fato. E também, nem sempre toda motivação para CPI tem fundamento, nem toda denúncia é verdadeira, nem todo denunciado é culpado. Mas o fato de trazer ao conhecimento público, determinados assuntos já pode ser visto como bom resultado. Alguns criticam o fato de as CPIs serem instrumentos políticos, que são usadas para prejudicar um ou outro político. O que acontece é que, na verdade, qualquer agente político que se visse envolvido em denúncias por irregularidades, por isso só, já deveriam ser afastados dos cargos que ocupam, para moralizar. É preciso probidade, lisura no trato da coisa pública. Ninguém, sob suspeita nenhuma, poderia ser investido numa função onde os recursos geridos sejam públicos. E as CPIs, a cada vez que fossem constituídas, por si só, já deveriam derrubar dos postos ocupados, os denunciados.
E preciso entender que gerir recursos públicos é coisa séria, para não dizer sagrada. Da gestão pública proba, dependem vidas e futuro de vidas. A saúde, educação, transportes, economia, lazer, tudo é gerido, direta ou indiretamente pela gestão pública, e tem a ver com todos da sociedade. Então, numa sociedade evoluída, torna-se inadmissível qualquer desvio de conduta pública por seus agentes.
Toda argumentação contra as CPIs, por qualquer razão que seja se enfraquece e cai diante da necessidade e dos benefícios advindos delas. A democracia pressupõe o princípio do contraditório, então, quem não deve, não precisa temer, mostre-se justo, correto e honesto, e não será alcançado por este instrumento tão temido e polêmico.  Estão faltando CPIs nesse País, sérias, eficazes e rápidas, é claro! Talvez aí terminasse o tanto de roubalheira ocorrida na administração pública, seja municipal, estadual ou federal, e chegasse a moralidade necessária!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O ANALFABETO POLÍTICO

"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.”

Antologia Poética de Bertolt Brecht

O Significado do Feriado de Corpus Christi

O feriado de Corpus Christi, favorece quem espera emendar o feriado, pois sempre cai numa quinta-feira. Porém se você é cristão, nada mais importante do que conhecer o verdadeiro significado dessa data tão importante, pois ela é a comemoração da presença de Cristo na Eucaristia. É comemorado através de missas religiosas, procissões em via pública e principalmente pelos tapetes coloridos que são desenvolvidos pelos fiéis junto com a igreja, adornando o caminho por onde a procissão irá caminhar. O feriado é comemorado na quinta feira que segue o domingo da Santíssima Trindade, que acontece após uma semana do domingo de Pentecostes.

Os tapetes são um diferencial a mais nesse feriado, que já virou tradição e que enfeita as cidades brasileiras. Os tapetes são desenvolvidos em flores e com serragem, cobrindo todas as ruas e avenidas das principais cidades brasileiras.

 

O significado de Corpus Christi.

A Igreja Católica, em todo o mundo, comemora o dia de Corpus Christi. Nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo”.
A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.
 Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.
“O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente” (Jo 6, 55 – 59).
Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.
Origem da Celebração
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. A Igreja Católica, em todo o mundo, comemora o dia de Corpus Christi sempre numa quinta-feira e o nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo
Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.
No Brasil
A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Projeto de lei pede o fim da publicidade infantil

Marcelo Torres
Uma matéria publicada nesta sexta-feira (17) no jornal Folha de S.Paulo revela que a Câmara dos Deputados retomou um projeto de lei para acabar de vez com propaganda de produtos e serviços oferecidos às crianças.
Segundo o jornal, “a proposta confronta o Conar (Conselho Nacional de Auto regulamentação Publicitária) e gera controvérsias”. O projeto de lei está em tramitação há 10 anos e foi proposto pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
Com o término da legislatura, no ano passado, o projeto chegou a ser arquivado, mas Luiz Carlos Hauly foi reeleito e retomou a proposta (embora esteja licenciado para assumir a Secretaria da Fazenda do Paraná). Hoje o projeto está na Comissão de Ciência e Tecnologia. Na justificativa do projeto, o parlamentar afirma que a publicidade para crianças estimula hábitos consumistas, pois a criança também influencia a decisão de compra na família.
Outro parlamentar que defende o fim da publicidade infantil é Sandes Júnior (PP-GO). “Imagine a situação de um pai assalariado com uma filha seduzida por um comercial de viagem à Disney,” diz o deputado goiano, que recomenda a publicidade somente para pessoas acima de 12 anos. Para a advogada Isabella Henriques, coordenadora de um programa do Instituto Alana, “a propaganda infantil transforma as crianças em promotores de venda”. O Alana é uma organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos das crianças relacionados ao consumo.
Recentemente, uma pesquisa feita pelo Datafolha para o instituto mostrou que 80% do poder de venda das redes de fast food está lastreado pela propaganda. Apesar disso, o Alana não defende a proibição da publicidade. “Os comerciais têm de ser direcionados para os pais, não para as crianças,” afirma Isabella.
Segundo a matéria da Folha, uma pesquisa feita pelo Ibope mostra que 25% dos brasileiros compram com base em propaganda. Só 37% comprariam menos se não houvesse propaganda. A maioria (66%) considera a propaganda informativa.
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), preocupado, entre outras questões, com o aumento da obesidade, especialmente entre crianças, tem deliberado reiteradas vezes pela regulamentação da publicidade de alimentos no país.
Fonte: Ascom/Consea

terça-feira, 21 de junho de 2011

Oposição e Democracia

Mais do que na escolha de um governo, a essência de uma democracia está na existência de uma oposição e no exercício da liberdade de opinião e de expressão, todos os sistemas políticos têm governos, apenas nas democracias a existência de um governo só faz sentido com uma oposição. Uma democracia sem uma boa oposição só por coincidência terá um bom governo, sem essa oposição o sistema político deixa de ter mecanismos de regulação que assegurem que o governo tenda a governar bem, sendo substituído quando governa mal.
Uma democracia sem uma oposição competente e credível é uma fraca democracia, é uma democracia frágil e doente. Sem oposição o governo tende a governar como quer, o padrão de competência é definido pelo próprio governo e não há memória de nenhum governo se ter demito por ter feito uma má avaliação de si próprio. Democracia sem oposição é ditadura.

Não existe democracia sem oposição. Como também não existiria oposição sem a democracia. Desnecessário destacar, portanto, a importância dos debates, do contraditório, das críticas. Nenhuma administração, por melhor que seja, seria 100% boa, da mesma forma que não existem verdades absolutas.

São os ditadores que gostam de governar sem oposição. A História dá alguns exemplos de autocratas que mandaram para exílio, fuzilaram ou condenaram ao silêncio aqueles que se opuseram, mantiveram o comportamento crítico ou mesmo não apoiaram efusivamente.

Bertolt Brecht, o autor do tão conhecido texto sobre o analfabeto político, foi também o autor da frase "Quem não conhece a verdade não passa de um tolo; mas quem a conhece e a chama de mentira é um criminoso!".
A oposição faz o contraponto, fiscaliza, oferece novas perspectivas e mostra quais devem ser os limites do governo. A oposição é que garante, a qualquer cidadão, o direito de manifestar livremente suas opiniões sobre aqueles que o governam.

A oposição é a garantia da democracia. E não se enganem, é preciso ter muita coragem para fazer oposição aos erros de uma administração em andamento. A maioria prefere abaixar a cabeça. Poucos se arriscam para apontar os equívocos, mostrar imperfeições e sugerir outras possibilidades, se for o caso.

Todos sabemos que a oposição é salutar, benéfica. E ela tem mesmo de existir. Isso é uma prática da democracia, graças a Deus. Toda unanimidade é burra, disse Nelson Rodrigues, e um governo sem oposição castra o povo. Quem está na situação, quem governa, precisa ter sabedoria para conviver com a oposição e com as críticas. Não podem considerar todos os oposicionistas como sendo seus inimigos. E algumas críticas deveriam ser bem-vindas. Como sempre escreve o jornalista Márcio Passos, um prefeito precisa mais de assessores competentes do que puxa-sacos. É preciso discernir o joio do trigo.

Cobrar as ações do Executivo ou fazer críticas. Não pode? Por quê? Tem alguém intocável e imune aos preceitos democráticos? O papel da oposição é este, de cobrar e fiscalizar. Então, se alguém se sente incomodado, pode ter culpa no cartório ou falta maturidade nesse processo.
Importante em qualquer democracia, isso é mais ainda em uma sociedade marcada por tantas diversidades sociais, culturais e políticas como o Brasil, em que o vencedor das eleições se elege com pouco mais da metade dos votos válidos, mas tem de governar também para a outra metade que opta tanto por alternativas políticas diferentes, como pela não-escolha (abstenções somadas aos votos brancos e dos eleitores). Assim, se envolve cooperação entre forças políticas distintas, a democracia também depende de que posições conflitantes sejam toleradas, possam se expressar e estejam representadas no sistema político. Essa exigência depende de que a lei e as instituições a assegurem, mas a garantia de seu funcionamento depende muito da existência de uma oposição ativa.

sábado, 11 de junho de 2011

12 de junho, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil

Por Cristiano Morsolin em 09/06/2011

Apesar de no Brasil, o trabalho infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, a realidade continua sendo outra.
O PETI (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil) vem trabalhando arduamente para erradicar o trabalho infantil. Infelizmente mesmo com todo o seu empenho, a previsão é de poder atender com seus projetos, cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes trabalhadores, segundo acompanhamento do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos). Do total de crianças e adolescentes atendidos, 3,7 milhões estarão de fora.

Perfil do trabalho infantil no Brasil

O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, muitos deles sem receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 13 anos.

Como já era de se esperar, o trabalho infantil ainda é predominantemente agrícola. Cerca de 36,5% das crianças estão em granjas, sítios e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. No Nordeste, 46,5% aparecem trabalhando em fazendas e sítios.

A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que vemos na televisão. Há dois pesos e duas medidas. Achamos um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, quebrando pedras, deixando sequelas nessas vítimas indefesas, mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações e comerciais, segundo dados do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos).

 

XIII Fica: “Preservar também é arte”

O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental – Fica – chega a sua 13ª edição com 5 mostras de cinema, Fórum de Cinema e Ambiental, 7 cursos, 9 oficinas, 14 palestras, Fica Limpo, Mercado das Artes, Exposição Veiga Valle, Empório Sebrae, shows de artistas goianos, grandes atrações musicais nacionais e, pela primeira vez, um show musical internacional. Além de uma extensa programação, o Fica está sendo concebido dentro de padrões ecologicamente corretos, do contato com fornecedores até a redução de papelaria.

Arnaldo Jabor: homenageado
A programação de cinema é dividida em Mostra Competitiva, IX Mostra ABD, Fica Animado (Mostra Infantil), Mostra do Cinema Brasileiro e, ao final do festival, Mostra dos Filmes Vencedores do XIII Fica, com cerimônia de premiação aos escolhidos pelo júri especializado e pelo voto popular.

Estão concorrendo à premiação 30 produções vindas de Goiás, São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e os estrangeiros da Argentina, República Tcheca, Itália, Bélgica, Suíça, Armênia, Holanda, China, França, Chile, Estados Unidos e Reino Unido.

Na Mostra do Cinema Brasileiro, o grande homenageado é Arnaldo Jabor, que, junto com Cacá Dieges, vêm ao festival para um debate sobre o cinema brasileiro.  O Fórum de Cinema ainda traz outras palestras e debates com os realizadores do festival, cursos e oficinas de introdução ao cinema, efeitos especiais, animação, fotografia e mais.

Marina Silva
No Fórum Ambiental, o grande destaque é a presença da ambientalista Marina Silva que, junto com o índio Benki Pinhanta Ashaninka, vem discutir os avanços de desafios da conferência Rio + 20. Com a colaboração dos reitores da UFG, Edward Madureira Brasil, UEG, Luiz Antônio Arantes, e da PUC-GO, Wolmir Amado, e do secretário estadual de Meio Ambiente, Leonardo Vilela, o Fórum ainda discute clima e conservação do patrimônio histórico, história cultural ambiental e o energia nuclear.

Os cursos e oficinas de meio ambiente ensinam sobre artesanato, construções sustentáveis, batuque reciclado, aproveitamento alimentar de frutos do Cerrado, cultivo de plantas, recuperação de nascentes e gestão de resíduos sólidos.

Manu Chao, atração internacional
O XIII Fica tem a colaboração do Sebrae, que faz um Empório com palestras e seminários sobre cineclubes, Economia Criativa, gestão cultural, sistemas municipais de cultura e gestão do patrimônio cultural e natural . O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan – também contribui com o festival realizando a exposição Bonecas Karajá. 

Maria Rita
Na programação artística, a cantora Maria Rita faz show na Praça de Eventos Beira Rio. No sábado, dia 18, o Fica recebe sua primeira atração musical internacional, Manu Chao, cantor francês que vem com sua banda Mano Negra, misturando influências da música francesa, espanhola e do punk. Mano também participa da oficina de Artes Plásticas. No dia 19, Rita Lee, considerada a rainha do rock, encerra o XIII Fica com o show da turnê ETC…, que apresenta sucessos históricos da carreira da cantora.
Fonte: Jornal do Vale.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Alta dos combustíveis, uma explicação cheia de revolta e indignação!

Onde está o país auto-suficiente na produção do petróleo? Cadê a grande descoberta propagada em toda a mídia como petróleo da camada do pré-sal? E a independência produtiva do etanol de cana, onde foi parar?

Tudo isso está aí, deve ser realidade. Mas então, porque o preço da gasolina e do álcool subiu tanto? É preciso buscar o Lula e sua equipe de marqueteiros, competente, diga-se de passagem, para explicar o que está acontecendo. Ou será que a Dilma sabe o que acontece? A grande verdade é que, de um governo que de tudo dizia não saber nada, em se tratando de escândalos corrupção e tantos outros assuntos, vimos com certeza, ser praticado um dos maiores engodos da história deste país. Prá não dizer estelionato eleitoral mesmo.

Do quê estou falando? Ora, primeiro foi mostrada uma imagem tão avançada do Brasil, no que diz respeito ao sistema de produção de combustível, envolvendo a auto-suficiência petrolífera, produção de álcool da cana e até o bio-combustível da mamona, e, ainda o grande crescimento mundial da Petrobrás, com valorização estrondosa das suas ações. Depois, graças a esta competente ação marqueteira, e crendo num grande avanço social e tecnológico do país, proporcionado pelo governo lula, não restou à população alternativa melhor que não fosse a continuidade oferecida pela candidatura Dilma. O povo brasileiro, mais uma vez, foi enganado e a realidade está aí para mostrar isso. Ou então tem alguma coisa mais grave por trás de tudo isso, e não se sabe ou se sabe, não pode dizer, já que a alta do preço dos combustíveis na bomba, o brasileiro fica sem entender e indignado com o que acontece.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra? Tem sim. O combustível move a economia. Move até as eleições neste país e no mundo também. Este governo que está aí é fruto de uma imagem bem avaliada do governo anterior. E agora, já no início, a realidade que se escancara, é a de um país que vende caro o combustível para esta grande frota de veículos, adquirida pelas facilidades oferecidas nas compras parceladas e pela redução do IPI, tudo no final do governo lula. É triste descobrir que houve muita enganação. O povo foi engabelado feito criança, inconsciente e induzido feito gado no curral, e levado a acreditar nas maravilhas cantadas, em versos e prosas, na fala fácil de um presidente de nome Luiz Inácio, dito Lula.
Agora é, sofrer duas vezes, de indignação e de revolta. É duro pagar o preço alto dos combustíveis, e é triste ver ser tirado, no roubo mesmo, por que não dizer, nossas economias e renda salarial toda vez que temos de parar em uma bomba de combustível para abastecer nosso veículo, o tão sonhado bem de consumo.

Se esta alta que está aí, vir para ficar, outra realidade virá, atrelado e como efeito secundário, pode anotar: alta geral de preços e crescimento da inflação. Não sou economista nem vidente, nem é preciso que o seja, para prever o que virá por aí. E, se este país fosse sério de verdade, como todos gostariam que fosse, colocaria todos os culpados pelo grande calote eleitoral na cadeia, ninguém ficaria sem punição, já que foi uma enganação das maiores possíveis, NUNCA VISTA NESSE PAÍS!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sábado da Aleluia

O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.

Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, excepto o da Confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso de morte.

Muitas das igrejas de comunhão anglicana seguem estes mesmos preceitos. Já a Igreja Ortodoxa, bem como os ritos católicos orientais, seguem as suas próprias tradições e possuem terminologia própria para estes dias e respectivas tradições e celebrações. Como é de esperar, apesar de a Páscoa e os dias relacionados serem importantes para todas as tradições cristãs, do Mormonismo ao Catolicismo, as celebrações variam grandemente.

Antes de 1970, os católicos romanos deviam praticar um jejum limitado: por exemplo, abstinência de carne de gado, mas consumo de quantidades limitadas de peixe, etc. Em alguns lugares, a manhã do Sábado de Aleluia é dedicada à "Celebração das Dores de Maria", onde se recorda a "hora da Mãe", sem missa.

É no Sábado de Aleluia que se faz a tradicional Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.
No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa.
Sábado: remonta à Criação, passa pelo Êxodo e vai até ao fim do Apocalipse.
                   
                                                                                               Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Policia prende 4 suspeitos de crimes sexuais no oeste goiano.

A Polícia Civil cumpriu, nesta sexta-feira (1º de abril), quatro mandados de prisão em Itapirapuã e Matrinchã, região Oeste do Estado, contra suspeitos de estupro de vulnerável e favorecimento da prostituição.


Todos os suspeitos foram detidos em Itapirapuã, entre eles empresários e um engenheiro agrimensor. Dois ainda estão foragidos, sendo um advogado e um fazendeiro da região. A comarca da cidade expediu, ao todo, oito mandados de prisão.


Na zona rural de Matrinchã, a 56 quilômetros de Matrinchã, também estão sendo procurados dois suspeitos de pedofilia. Participam da operação 11 policiais civis de Jussara, Itapirapuã, Cidade de Goiás e Britânia. Fonte: O Popular e iporagoias.blogspot.com

Polícia indicia suspeito de estuprar três crianças em Itapirapuã

08.02.2011 | 17:45 | POLÍCIA 
Polícia indicia suspeito de estuprar três crianças em Itapirapuã 
CBN Goiânia 
A Polícia Civil de Itapirapuã concluiu, nesta terça-feira (8), o inquérito que prevê uma pena de aproximadamente 45 anos de prisão para Frederico Leandro de Jesus, de 21 anos, suspeito de estuprar, desde 2009, três crianças de 5, 8 e 9 anos de idade, todas da mesma família.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Humberto Teófilo de Menezes, o Frederico Leandro foi preso no dia 27 de rapaz é padrasto de duas das crianças, o que pode acarretar um aumento na pena. O delegado explica que o caso só foi divulgado agora para que as investigações não fossem prejudicadas.
Fonte: CBN Goiânia

QUANTO PIOR MELHOR: Prática atrasada e medíocre.

O Editor de Política e Justiça do DM, Alexandre Bittencourt, na matéria publicada no dia 06/04, última quarta-feira, página 10 do jornal Diário da Manhã, faz um alerta importante para um fato que, se ocorrido mesmo e obtendo sucesso, pode vir a se firmar como um dos mais importantes das últimas décadas na política goiana. A coisa é séria e pode entrar para a história negra dos relatos políticos do Estado de Goiás. A matéria, “GOVERNO RESPONDE A BOICOTE DA OPOSIÇÃO”, noticia a reação liderada pelo Secretário de Articulação Política, ex- deputado Daniel Goulart, para neutralizar a visita que fizeram a Brasília, por um grupo de políticos de baixa expressão, querendo criar entraves políticos que impeçam a vinda de recursos federais, através de convênios e outras formas de repasses, para obras e projetos importantes para o Estado de Goiás.
Esse pessoal, do quanto pior melhor, estão descentrados no atual contexto da evolução da razão humana, tanto do ponto de vista institucional como político. E preciso tecer críticas severas e repúdio contundente a este tipo de ação. Observe que são agentes políticos de minúscula estatura, uns sem-votos e outros vereadores e deputados, que quando eleitos, salvo rara exceção, sempre o foram pinçados pelo sistema de legenda partidária. Ou seja, expressam pouca ou nenhuma representatividade perante a população. Certamente que por esse motivo buscam retaliar o povo goiano querendo implantar o atraso de nosso estado nesse tipo de ação. São tão de mente miúda que nem percebem que qualquer ação no sentido de pedirem ao Governo Federal para boicotar o Governo de Goiás, na verdade, leva prejuízo é a toda a população e a todo o território goiano. Goiás caminha muito bem, voltou aos trilhos, e se puder caminhar sem ninguém para atrapalhar, a população agradecerá.
O ex-deputado Daniel Goulart, muito ponderado, equilibrado e corajoso, toma atitude acertada ao mostrar à sociedade, através de seus segmentos representativos, esta ação nefasta, maligna e medíocre dos agentes mencionados na matéria do dia 06/04. Daniel Goulart é um grande pensador político da atualidade goiana e mostra postura estadista ao enfrentar abertamente esse grupo que age para desconstruir ações de governo que foram propostas e aprovadas no último pleito eleitoral, em dois turnos, pela população. É preciso o apoio nessa luta, e serrar fileiras fazendo coro já agora no começo, e mostrar que os goianos não vão admitir o retorno da velha e retrógada política patrocinada por esse pequeno e irresponsável grupo opositor. Ações arcaicas como essas já foram abolidas do cenário político e não encontram eco popular.
Para construir é preciso força, capacidade, união e muito trabalho. E isso é esperado através de ações de agentes políticos grandes e sérios, dos dois governos, estadual e federal. Para desconstruir, fazer fofoca e intrigas, qualquer ignorante cabeça de bagre consegue e é o que esse grupo pretende, e é inaceitável. Se não puderem ajudar, não atrapalhem. Com certeza já estarão ajudando, e muito!

terça-feira, 22 de março de 2011

O mandato é do partido. E o partido é de quem?

A duras penas e à custa de algumas ações judiciais e decisões no STE, chegou-se à conclusão de que o mandato eleitoral pertence aos partidos políticos e não aos eleitos, em caso de troca de legenda. A legislação pretende com essa decisão inibir o troca-troca de partido por parte dos políticos. Entende-se, que a cada troca de partido, o político estaria traindo a confiança do voto e ferindo princípios como o da fidelidade partidária, entre outros. No entendimento popular e vulgarmente analisando, toda troca de partido pressupõe alguma “negociata” cujos interesses certamente não seriam públicos, mas privados mesmos, em benefício próprio com envolvimento até financeiros ao adesista e, oportunista, que curiosamente na sua maioria, sempre migra de um partido de oposição para outro da situação, ou seja, governista, em qualquer esfera do poder que seja municipal, estadual, ou federal.
Decidindo por dar ao partido o domínio do mandato, a legislação encerra a dita farra do troca-troca, aonde alguns políticos chegaram a trocar de partido até cinco vezes num mesmo mandato. Essa facilidade para trocar de partido enfraquecia as legendas. Pois bem, agora o mandato pertence aos partidos políticos. Se quiser mudar de partido, pode, mas o mandato, pertencendo ao partido, fica então com o suplente, que assume o mesmo. Muito bem, ficou resolvida a questão da infidelidade partidária por troca de partido.
A questão agora é outra, e mais grave ainda. Antes, pelo menos o mandato era do político, em quem o eleitor votou. No Brasil, pode-se dizer que não se vota em partidos. Mas, e o partido é de quem? O partido é dos filiados, dos eleitores ou da população? Na verdade, o funil é invertido, e alguém de cima domina os de baixo. Os estatutos partidários de nada servem e atendem, no final, ao interesse superior. Não existe democracia interna nos partidos. E, olha que os partidos são os instrumentos para o exercício da democracia. Tudo, nos partidos, trama para convergir o poder partidário ao presidente do partido, que, é o dono do partido, ou pior, o “laranja marionetado” do verdadeiro dono que pode estar exercendo algum mandato maior, no legislativo ou executivo.
O que se verifica hoje é que o partido político, dirigido de forma autoritária e antidemocrática, cerceia a ascensão legítima de qualquer militante, se este não “ler na cartilha” do dirigente, ou se não for do grupo político deste. Qualquer ação em uma instância inferior no partido, que não agrade ao dirigente ou “líder político maior” do partido, culmina em uma violenta ação intervencionista. As instâncias inferiores não têm voz ativa, sequer são ouvidas, nos partido políticos.
A grande questão é esta e precisa ser abordada. A organização partidária no Brasil é frágil e não pode ser dona de mandatos. Corre-se o risco de se imperar nas estruturas administrativas e legislativas no Brasil, uma espécie de “ditadura branca” onde quem domina o partido, e é mais fácil conseguir o domínio de um partido do que um mandato manda e desmanda, a seu prazer e interesse, muitas vezes, ou sempre ilegítimos. Prova de que os partido viraram instrumentos de uma cúpula de poucos, é o fato de hoje, quase todos desprezaram os diretórios municipais nomeando apenas comissões provisórias que podem e são exoneradas numa canetada só do presidente regional.
Quem quiser participar das eleições de 2012, em setembro agora, tem de fazer uma avaliação segura sobre em qual partido se filiar, para não correr o risco de, no período de convenções para escolha de candidatura, tanto ao legislativo ou executivo municipal, não ficar refém de algum dirigente regional, ou mesmo de alguma conjuntura local onde, interesses contrariados, influenciem a instância superior do partido escolhido. Se isto acontecer, adeus candidatura, te tiram o tapete mesmo, sem nenhuma consideração, jogando por terra lideranças e projetos construídos ao longo de uma árdua jornada.
É preciso rever a legislação eleitoral e fazer uma reforma profunda. Com a atual situação, é preferível que o mandato pertença ao político, e acabem com a legenda partidária dando condições para que os mais votados assumam o cargo disputado. Seria uma forma menos injusta de tratar a questão e desestimular a ânsia pelo domínio partidário. E olha que não entramos na questão do fundo partidária, uma fortuna que é repassada aos partidos políticos e que fica na cúpula, onde ninguém consegue fiscalizar prá saber onde são gastos tantos milhões, e se conseguir fiscalizar, não consegue entender o custo-benefício, para a democracia, de tamanha despesa aos cofres públicos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O SIGNIFICADO DO CARNAVAL

O SIGNIFICADO DO CARNAVAL PARA OS CRISTÃOS
São milhões de pessoas nas ruas, fantasias, bebidas, sexo, imoralidade, violência, AIDS e muitas outras desgraças. Mas a cada dia cresce esta feta diabólica no nosso país. Por isto quero trazer alguns esclarecimentos.
I. Origem: antes do mais, diga-se algo sobre a etimologia de “Carnaval”.
Comumente os autores explicam este nome a partir dos termos do latim tardio “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”; esta derivação indicaria que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. - Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem levare”, suspender ou retirar a carne: o Papa São Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da Quaresma, ou seja, ao domingo da Qüinquagésima, o título de “dominica ad carnes levandas”; a expressão haveria sido sucessivamente, carneval ou carnaval”. - Um terceiro grupo de etimologistas apela para as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos costumava-se exibir um préstito em forma de nave dedicada ao deus Dionísio ou Baco, préstito ao qual em latim se dava o nome de currus navalis: donde a forma Carnavale.

2 – Historia-
Festa popular, o carnaval ocorre em regiões católicas, mas sua origem é obscura. No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal. Hoje é uma das manifestações mais populares do país e festejado em todo o território nacional.

Conceito e origem. O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da Qüinquagésima à chamada terça-feira gorda. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou.
O termo carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.
A própria origem do carnaval é obscura. É possível que suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza, mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco. Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio — o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, e isto faz recuar a origem do carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.
3 – Considerações
Como podemos observar o carnaval tem algumas características de cunho espiritual preocupante. Em primeiro lugar tem um hostorico relacionado com deuses pagãos do Egito e Roma. Em segundo lugar o rei momo se origina no deus da bebida, ou seja no demônio que destrói os lares com bebedeira que provoca acidentes e desgraças. Em terceiro lugar é uma festa da igreja católica relacionada com a quaresma, significando etiologicamente “abstenção de carne” mas que na pratica se tornou a festa que dá vasao a carne. Uma festa carnal, imoral e destruidora. Seria relacionado com o jejum da igreja católica? Diante desta relação espiritual podemos concluir que esta é uma festa da opressão demoníaca, principalmente porque teve origem nos deuses pagãos, sendo seqüenciado pela idolatria da igreja católica. Perceba esta sutiliza espiritual desta festa e saiba que estamos diante de uma batalha espiritual. Não é só uma festa da carne. É uma festa do diabo. Em Salvador onde 2 milhoes de pessoas passam as noites nas ruas todos os dias, podemos ver uma relação direta com o diabo. Os símbolos, a adoração, a letra das musicas e onde tudo começa. Onde os cantores vão antes do carnaval? Existe por traz dos palcos, dos trios e dos blocos toda uma religiosidade satânica, um cerimonial diabólico, que quem estar atrás dos trios elétricos nem imaginam. Existe uma relação espiritual forte com o carnaval. Por isto tantos males acontecem durante o carnaval. São pessoas vitimas de violência, com brigas, feridas e até muitas mortes. Embriagados dirigindo veículos e destruindo vidas. Sexo irresponsável, resultando depois em filhos sem pais, AIDS, angustia e ansiedade.É uma grande festa que durante uma semana as pessoas pulam e parecem ter uma grande alegria, mas depois o sofrimento por anos e anos, para não dizer daqueles que perdem suas próprias vidas. Acidentes de transito com centenas de morte, adolescentes grávidas, famílias destruídas e muitas outras desgraças são os resultados do carnaval.
Fico impressionado como os governantes ficam todos cheios de dedos em relação ao carnaval. Creio que é por causa da multidão e políticos vivem de multidão. Gastam milhões, ficam nos camarotes, vestem roupas de afoxés e muitos outros micos. Alem disso gastam milhões do dinheiro público. Mas quando se trata de uma passeata, como marcha para Jesus e dia da Bíblia, não se consegue um dinheiro publico. São tantos impedimentos, como se os evangélicos não fossem cidadãos como os outros. Como não participamos da desgraça do carnaval, temos o direito de fazermos nossas festas e termos verbas também, mas esta lógica não funciona, Nem mesmo em nossa cidade de Salvador que tem um Prefeito evangélico. Outra coisa que quero falar em relação as igreja durante o carnaval é que já abrimos brechas demais para o diabo. Durante o carnaval a igreja deve parar de retiros e viagens para praias e piscinas. É momento de ouvir um grito de misericórdia. Vamos para os circuitos de carnaval evangelizar e conquistar almas para o mestre. Em Salvador no próximo ano vamos rodear a cidade com oração e evangelização. Isto é um sonho que tenho. Espero contar com minha igreja, meus jovens e obreiros que trabalham comigo. Vamos orar para Deus nos dá as estratégias. Enfim abramos nossos olhos para o carnaval como desafio. Pode ser uma grande oportunidade para levar o Senhor para as pessoas. Já temos um plano piloto dirigido pelo Pastor Jose Leal, na liberdade, onde durante o carnaval ganha muitas almas para Jesus no impacto de Carnaval um evente com algumas igreja batistas. Podemos aperfeiçoar e melhorar este ministério cobrindo toda a cidade com a bençao de Deus. Oremos e jejuemos por isto.

Fonte:

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SOBRE O CARNAVAL

Face a aproximidade do carnaval, eis uma mensagem do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, oportuna à nossa reflexão:

SOBRE O CARNAVAL
Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.
É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização.
Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.
Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Atitudes ousadas que podem dar certo, ou não

Os ventos da mudança sopram em Goiás. O governador Marconi Perillo, notável pela visão sempre avançada que têm tanto no campo político quanto administrativo, surpreendido no início deste seu terceiro mandato.
Marconi enxergou à frente de todos quando, ainda em 1998, enfrentou o imbatível Iris Rezende para a eleição de governador. Enxergou o que ninguém via: a possibilidade de derrotar o gigante. Enfrentou e venceu, foi notícia em todo o País e marcou história em Goiás. No governo, prá citar só uma de suas inovadoras ações, trocou a distribuição de cestas de alimentos por dinheiro vivo, através do cartão da renda cidadã e derrubou todas as críticas contrárias com o sucesso da idéia que foi modelo para outros estados e também para o Governo Federal: Ta aí o Bolsa Família que popularizou o presidente Lula junto às camadas mais pobres da população e garantiu a eleição da atual presidente. O próprio Lula anunciou de onde copiou a idéia. Para não estender demais, fica aí dois exemplos da ousadia deste governador que dita até etiqueta de moda: a camisa azul!
Nesta caminhada política agora neste terceiro mandato, já no início, Marconi ousa, antes do campo administrativo, no campo político. O convite a um deputado do partido opositor e derrotado no embate eleitoral para a maior secretaria do governo é histórico, marcante e muito ousado. Tem muita gente tonta ainda sobre esse assunto. Alguns, incrivelmente tontos e falando sozinhos, a exemplo do casal Iris Rezende que não encontra eco para suas palavras dentro do Estado e do partido que lideram há cerca de 50 anos. Mas o poder atrai e distrai, ou seja, algumas opiniões são omitidas, inibidas ou ofuscadas pelo brilho do poder de um novo governo que começa. É preciso esperar para opinar. É cedo demais para ser contra uma atitude que pode dar certo e isso, junto com a força do poder, faz acovardar alguma opinião contrária. Resta esperar mesmo e, só depois criticar de verdade, quando o poder já enfraquecido pelo passar do tempo, e, um possível desgaste já ter ocorrido então oportunamente descer o pau sem dó e criticar prá valer, inclusive dizendo já ter previsto o desacerto na atitude. É assim que se faz na política, tirar proveito da situação no momento oportuno. Não sei se é certo, mas sempre foi assim que funcionou, vamos ver se nesse caso será diferente.
Vem outro passo ousado do nosso governador que é a reunião com os prefeitos do PMDB, que como pano de fundo, parece ser um ato seqüente ao primeiro mencionado, como apoio à participação do deputado peemedebista no governo tucano. A reunião dos 55 prefeitos do PMDB, dia 09 de fevereiro no Palácio com o governador Marconi Perillo mostra, além de uma provável parceria administrativa, também uma transparente perda de comando de Iris Rezende na seara de seu partido, visto que se posiciona a favor da expulsão de Thiago Peixoto da legenda e não consegue solidariedade junto aos prefeitos, o que o enfraquece nitidamente perante a opinião pública. Mas, o retrato que alguns podem não estar vendo desse almoço entre recentes adversários no Palácio, pode se revelar depois de passado esse “respeito silencioso” ao governo que se inicia, com uma insatisfação ou incompreensão na própria base governista, ou melhor, dos aliados e companheiros da base governista, aqueles que não participam do governo, mas dão sustentação política, que votou ou ajudou na vitória histórica de Marconi Perillo. Esse retrato, ainda sem imagem nítida, com passar do tempo, pode mostrar um sentimento de traição por parte de correligionários e desejo de vingança que virá, quiçá, em um pleito a seguir. O eleitor não perdoa mudanças políticas abruptas de postura por parte de seus líderes.
Marconi Perillo vê adiante, sempre na frente dos políticos habituais. Esta à frente de muitos, no tempo e no espaço, tem raciocínio lógico veloz e acertado, age com equilíbrio. Até os mais observadores dos pensadores políticos tem errado quando fazem análises acerca de ações marconista. Pesquisas, pensadores, políticos, todos estão acostumados a errarem sobre Marconi Perillo. Vamos ver onde estará o acerto, mais uma vez, na ousadia do jovem tucano que foi menino na pequena Palmeiras de Goiás, de onde saiu para entrar e fazer a historia no Governo de Goias. 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Para encerrar a conta bancária, chá de espera e desaforo


Um amigo meu, na justa intenção de empreender, montar seu próprio negócio e progredir, após prévia sondagem, consultas e planejamento, iniciou os primeiros passos rumo aquilo que imaginou ser a sua redenção financeira, mas que não passou de uma dor de cabeça danada.
Entre várias ações, visando o início do seu grande negócio, cujo ramo não vem ao caso mencionar, uma delas seria a abertura de uma conta bancária. Na agência escolhida para a pretendida ação, situada na praça central da cidade vizinha de Jussara, neste Estado de Goiás, foi o dito cujo mencionado recebido num tapete vermelho imaginariamente a ele estendido, tão amável e gentilmente fora acolhido. Sorrisos distribuídos, café e água fresca oferecidos. O gerente da agência procedeu tudo o necessário, e de tão bom e agradável, conseguiu facilmente, com poucas palavras, lhe enfiar goela abaixo, macio e liso, a venda do cartão de crédito, um apêndice da conta aberta, que inclusive, nunca viera a usar.
Decorrido o prazo de alguns meses, sem a viabilização do sonhado empreendimento e trombando de cara com a dura realidade, percebeu que entre as medidas a serem tomadas, a fim de retroceder alguns passos inutilmente dados, e evitar transtornos e prejuízos maiores do que os já sentidos e verificados na própria pele, estava o encerramento da tal conta bancária. Entre taxas pagas, mensalmente por uma conta que nunca utilizara, mais de trinta reais eram depositados todo mês. Então, além de desfazer-se de um instrumento não utilizado e por ora sem serventia, ainda tratava-se de uma providência que renderia algumas patacas economizadas. Dito e feito, assim seriam procedidos. Na mesma agência bancária, o mesmo pessoal, tudo muda agora. Sentiu o tapete vermelho, outrora imaginado, fugir-lhe aos pés numa rasteira triste. Foi só mencionar a pretensão de encerrar a relação bancária firmada. O amável gerente fugiu da mesa, foi “ali”, conversou com alguém, telefonou, e, abandonado naquela cadeira, serviu-se de chá, chá de espera. O café da outra vez faltou, a água fresca oferecida também. Passado momentos longos de espera, volta o homem e o manda falar com uma moça em outra mesa, que era necessário primeiro cancelar o cartão de crédito que ele mesmo o vendeu, na maior atenção da outra vez. Tudo bem, pelo menos a moça era muito bonita e também educada. Após mais alguns minutos de espera e o atendimento, feito a solicitação de encerramento do cartão de crédito, foi lhe orientado a voltar noutro dia, devendo antes telefonar, para pedir o encerramento da conta, mas que antes, ainda teria de efetivar o pagamento de todas as taxas por ventura inexistente. Saindo da agência bancária, já na calçada próximo à rua, feliz e alegre, o amigo mencionou que só faltava voltar na segunda-feira, já que aquela era uma sexta-feira, e terminar de encerrar a conta. Vi tudo, inclusive partilhei do mesmo chá de espera a ele proporcionado, e senti a mesma humilhação também. A diferença é que ele nem pareceu perceber, de tão boa fé que estava imbuído, o quão bobo e palhaço fizeram dele. É assim que o sistema econômico e capitalista manipula a simplicidade e inocência das pessoas, desrespeitando e sugando, tomando junto com os valores materiais, a cidadania e todos os valores morais e sentimentais dos que caem em suas garras famintas. Mesmo cumprindo todas as obrigações, por quê tem de ser tão difícil sair do sistema, se foi tão fácil entrar? Será que é só para pagar mais, ou até mesmo multas se, num momento vir a faltar recursos para as taxas? 

sábado, 22 de janeiro de 2011

Uma “bomba-relógio”, um fato folclórico e político


A população constitui a autoridade democrática pela força do voto e o faz escorada na proposta administrativa e de conduta apresentada na campanha eleitoral. Na eleição municipal de 2008, um milagreiro se apresentou ao pequeno eleitorado no oeste goiano, à comunidade banhada pelo rio Itapirapuã, e propôs soluções efetivas a uma coletânea de problemas levantados e criticados severamente por ele mesmo. Algumas das questões, muitas vezes passadas despercebidas da população. Outras, graves e de solução necessitada. Promessa de campanha tem de ser paga? Então quem cobra?
Foi uma tal de “bomba-relógio” anunciada em todos os comícios e concentrações políticas, que a qualquer momento podia explodir, como sendo o fim para a cidade. Alguém poderia morrer, a cidade poderia ser destruída. Muito irresponsável a construção, ou armação, dessa bomba-relógio na região central daquela cidade. Não tinha oportunidade em que o tal perigo e sua gravidade eram alertados e a intenção de amenizá-lo ser mencionada. Em visitas ao eleitor, em reuniões, no debate da rádio, em todos os lugares a questão foi abordada. Virou plataforma política e administrativa, uma meta a ser alcançada, a sua desativação para livrar definitivamente a população daquele mal. De tão falada, a bomba-relógio passou a ser perigosa, na consciência popular, e, temida por todos.  Ganhou crença o assunto. Alguns falavam e defendiam a sua transferência urgentemente. Todos passaram a concordar com o fato de ser perigosa aquela bomba no local onde funcionava, passaram a não concordar com a permanência dela ali. O milagreiro se apresentava com o grande descobridor do perigo pelo qual todos se rodeavam e se propunha, como sendo o único a ter a solução para aquela terrível solução. Por isso, por ter a solução, merecia o voto para ser o novo alcaide e governar aquela gente a fim de algo semelhante nunca mais se repetir. A população, temerosa, não sei, acreditou, votou e elegeu.
O grande perigo, papagaiado e anunciado, era literalmente uma bomba, mas não bomba-relógio. Era a bomba de combustível instalada na oficina e garagem da prefeitura, no centro da cidade, em frente à agência bancária. Essa bomba de combustível havia sido instalada pela administração situacionista que apoiava a candidatura opositora ao dito, milagreiro e embusteiro, vencedor das eleições. Curioso dizer que em frente a esse local, em anos anteriores, já funcionara um posto de combustível particular. A uma quadra, mais a leste, no centro da cidade, funciona um posto de gasolina e se soma a outro, na mesma avenida, ainda dentro da zona urbana mais acima, no mesmo sentido leste. Outro posto também funciona no perímetro urbano. E, por irônico que seja, no início da gestão desse milagreiro, foi instalado mais um posto de gasolina, com mais três bombas, ao lado da garagem da prefeitura, no sentido oeste da mesma avenida, cerca de cinqüenta metros da bomba-relógio, que o milagreiro caloteiro não tirou de lá, mesmo anunciando e propagando esse feito, e pedindo votos por isso. Ou essa bomba de combustível não emanava perigo (logicamente), ou ele realmente cometeu o que pode ser chamado de estelionato eleitoral. Ou então, num hilário comentário, ela realmente pode explodir a qualquer momento levando tudo pelos ares, e deve ser essa a sua pretensão, já que a deixa lá, mesmo consciente do grande perigo anunciado na campanha eleitoral para a sua eleição. O povo deu o poder, e pode tirar, ou dar de novo na esperança de ver ainda o perigoso artifício explosivo daquela região. Muita coisa ainda pode acontecer, mas uma certamente já aconteceu, a anotação dessa história nos anais folclóricos político da cidade, junto a tantas outras já existentes. É uma estória pitoresca e divertida, sabida e acontecida de fato, e a ser contada ainda por muitas gerações naquela região do vale do rio Vermelho, a oeste no chão goiano.

O uso do dinheiro é vício no sistema democrático


O sistema democrático pressupõe o voto como ferramenta de exercício da vontade popular, seja na escolha de governantes ou meios de ser governado, através das leis supostamente criadas no interesse geral. Ocorre que o sistema democrático tem mostrado um vício mortal que é a ocupação do poder para interesse de grupos ou do próprio governante. O sistema democrático brasileiro, desde a sua concepção, já percebia este mal, haja vista a composição de sua estrutura, sedimentada em três esferas de poder: Executivo, Legislativo e Judiciário. Um executa, outro legisla e fiscaliza e o terceiro julga e aplica a justiça. O exercício do poder para interesse próprio é que alimenta as diversas formas de prática da corrupção, e isto ocorre em todos os três poderes, e em seus mais diversos escalões.
O início e incentivo às ações ilegais, principalmente no executivo, ocorrem já na hora do proselitismo político, no momento da captação do voto juntos às camadas populares. Nas campanhas eleitorais, o fator econômico tem pesado quando se procura medir a musculatura de nomes fortes de candidatos a serem vitoriosos nos pleitos disputados. Quem dispõe de recursos vultosos certamente sagram-se vitoriosos. Junto aos pobres, que integram camadas sociais menos favorecidas economicamente, o dinheiro do candidato faz mais diferença ainda. A compra de votos é praticada de forma descarada, com favores, ajudas diversas, doação de bens e até mesmo a compra de votos, hoje camufladas com contratos de prestação de serviços ou outros. Nas camadas mais abastadas, e nas pobres também, está a prática mais grave, que é a lavagem cerebral oferecida nos meios de comunicação por competentes equipes de marqueteiros e profissionais da área, nos horários eleitorais gratuitos no rádio e televisão, inclusive com regras criadas e aplicadas pelo legislativo e judiciário. O sistema é frágil, mas necessário, é até oficial. Todos conhecem seus malefícios e falhas. Tudo isso não ocorre sem vultosa quantia de dinheiro. É aí que está o maior gargalo para se resolver o maior erro do sistema: a corrupção, em princípio visa repor os recursos gastos na campanha milionária, depois vira rotina normal para enriquecimento lícito. E são esses recursos, desviados por tais motivos, que deveriam fazer as melhorias para a população, prometidas na campanha enganosa, mas vitoriosa, desenvolvida através do marketing eleitoral. O eleito deveria ter sido o derrotado na campanha eleitoral, já que não gastou nem enganou tanto, e não teria motivo para roubar? Não sei, mas o sistema certamente que precisa de correção, ou pelo menos, de maior rigor na sua aplicação e fiscalização.
E o mais grave é que com os valores necessários para se vencer as eleições, a disputa fica desigual para o pobre que mesmo tendo bons projetos ou idéias, não consegue vencer e é derrotado pelo poder econômico. O dinheiro não faz a honestidade nem a inteligência, já que, por natureza humana e divina, todos são de verdade, e democraticamente, iguais. Então na ausência do poder econômico se encontra também estes predicados e também a competência. O dinheiro, no atual sistema eleitoral, faz a diferença, palavra que diverge do que propõe os princípios democráticos: igualdade.