A população constitui a autoridade democrática pela força do voto e o faz escorada na proposta administrativa e de conduta apresentada na campanha eleitoral. Na eleição municipal de 2008, um milagreiro se apresentou ao pequeno eleitorado no oeste goiano, à comunidade banhada pelo rio Itapirapuã, e propôs soluções efetivas a uma coletânea de problemas levantados e criticados severamente por ele mesmo. Algumas das questões, muitas vezes passadas despercebidas da população. Outras, graves e de solução necessitada. Promessa de campanha tem de ser paga? Então quem cobra?

O grande perigo, papagaiado e anunciado, era literalmente uma bomba, mas não bomba-relógio. Era a bomba de combustível instalada na oficina e garagem da prefeitura, no centro da cidade, em frente à agência bancária. Essa bomba de combustível havia sido instalada pela administração situacionista que apoiava a candidatura opositora ao dito, milagreiro e embusteiro, vencedor das eleições. Curioso dizer que em frente a esse local, em anos anteriores, já funcionara um posto de combustível particular. A uma quadra, mais a leste, no centro da cidade, funciona um posto de gasolina e se soma a outro, na mesma avenida, ainda dentro da zona urbana mais acima, no mesmo sentido leste. Outro posto também funciona no perímetro urbano. E, por irônico que seja, no início da gestão desse milagreiro, foi instalado mais um posto de gasolina, com mais três bombas, ao lado da garagem da prefeitura, no sentido oeste da mesma avenida, cerca de cinqüenta metros da bomba-relógio, que o milagreiro caloteiro não tirou de lá, mesmo anunciando e propagando esse feito, e pedindo votos por isso. Ou essa bomba de combustível não emanava perigo (logicamente), ou ele realmente cometeu o que pode ser chamado de estelionato eleitoral. Ou então, num hilário comentário, ela realmente pode explodir a qualquer momento levando tudo pelos ares, e deve ser essa a sua pretensão, já que a deixa lá, mesmo consciente do grande perigo anunciado na campanha eleitoral para a sua eleição. O povo deu o poder, e pode tirar, ou dar de novo na esperança de ver ainda o perigoso artifício explosivo daquela região. Muita coisa ainda pode acontecer, mas uma certamente já aconteceu, a anotação dessa história nos anais folclóricos político da cidade, junto a tantas outras já existentes. É uma estória pitoresca e divertida, sabida e acontecida de fato, e a ser contada ainda por muitas gerações naquela região do vale do rio Vermelho, a oeste no chão goiano.
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