quinta-feira, 23 de junho de 2011

O ANALFABETO POLÍTICO

"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.”

Antologia Poética de Bertolt Brecht

O Significado do Feriado de Corpus Christi

O feriado de Corpus Christi, favorece quem espera emendar o feriado, pois sempre cai numa quinta-feira. Porém se você é cristão, nada mais importante do que conhecer o verdadeiro significado dessa data tão importante, pois ela é a comemoração da presença de Cristo na Eucaristia. É comemorado através de missas religiosas, procissões em via pública e principalmente pelos tapetes coloridos que são desenvolvidos pelos fiéis junto com a igreja, adornando o caminho por onde a procissão irá caminhar. O feriado é comemorado na quinta feira que segue o domingo da Santíssima Trindade, que acontece após uma semana do domingo de Pentecostes.

Os tapetes são um diferencial a mais nesse feriado, que já virou tradição e que enfeita as cidades brasileiras. Os tapetes são desenvolvidos em flores e com serragem, cobrindo todas as ruas e avenidas das principais cidades brasileiras.

 

O significado de Corpus Christi.

A Igreja Católica, em todo o mundo, comemora o dia de Corpus Christi. Nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo”.
A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.
 Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.
“O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente” (Jo 6, 55 – 59).
Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.
Origem da Celebração
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. A Igreja Católica, em todo o mundo, comemora o dia de Corpus Christi sempre numa quinta-feira e o nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo
Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.
No Brasil
A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Projeto de lei pede o fim da publicidade infantil

Marcelo Torres
Uma matéria publicada nesta sexta-feira (17) no jornal Folha de S.Paulo revela que a Câmara dos Deputados retomou um projeto de lei para acabar de vez com propaganda de produtos e serviços oferecidos às crianças.
Segundo o jornal, “a proposta confronta o Conar (Conselho Nacional de Auto regulamentação Publicitária) e gera controvérsias”. O projeto de lei está em tramitação há 10 anos e foi proposto pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
Com o término da legislatura, no ano passado, o projeto chegou a ser arquivado, mas Luiz Carlos Hauly foi reeleito e retomou a proposta (embora esteja licenciado para assumir a Secretaria da Fazenda do Paraná). Hoje o projeto está na Comissão de Ciência e Tecnologia. Na justificativa do projeto, o parlamentar afirma que a publicidade para crianças estimula hábitos consumistas, pois a criança também influencia a decisão de compra na família.
Outro parlamentar que defende o fim da publicidade infantil é Sandes Júnior (PP-GO). “Imagine a situação de um pai assalariado com uma filha seduzida por um comercial de viagem à Disney,” diz o deputado goiano, que recomenda a publicidade somente para pessoas acima de 12 anos. Para a advogada Isabella Henriques, coordenadora de um programa do Instituto Alana, “a propaganda infantil transforma as crianças em promotores de venda”. O Alana é uma organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos das crianças relacionados ao consumo.
Recentemente, uma pesquisa feita pelo Datafolha para o instituto mostrou que 80% do poder de venda das redes de fast food está lastreado pela propaganda. Apesar disso, o Alana não defende a proibição da publicidade. “Os comerciais têm de ser direcionados para os pais, não para as crianças,” afirma Isabella.
Segundo a matéria da Folha, uma pesquisa feita pelo Ibope mostra que 25% dos brasileiros compram com base em propaganda. Só 37% comprariam menos se não houvesse propaganda. A maioria (66%) considera a propaganda informativa.
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), preocupado, entre outras questões, com o aumento da obesidade, especialmente entre crianças, tem deliberado reiteradas vezes pela regulamentação da publicidade de alimentos no país.
Fonte: Ascom/Consea

terça-feira, 21 de junho de 2011

Oposição e Democracia

Mais do que na escolha de um governo, a essência de uma democracia está na existência de uma oposição e no exercício da liberdade de opinião e de expressão, todos os sistemas políticos têm governos, apenas nas democracias a existência de um governo só faz sentido com uma oposição. Uma democracia sem uma boa oposição só por coincidência terá um bom governo, sem essa oposição o sistema político deixa de ter mecanismos de regulação que assegurem que o governo tenda a governar bem, sendo substituído quando governa mal.
Uma democracia sem uma oposição competente e credível é uma fraca democracia, é uma democracia frágil e doente. Sem oposição o governo tende a governar como quer, o padrão de competência é definido pelo próprio governo e não há memória de nenhum governo se ter demito por ter feito uma má avaliação de si próprio. Democracia sem oposição é ditadura.

Não existe democracia sem oposição. Como também não existiria oposição sem a democracia. Desnecessário destacar, portanto, a importância dos debates, do contraditório, das críticas. Nenhuma administração, por melhor que seja, seria 100% boa, da mesma forma que não existem verdades absolutas.

São os ditadores que gostam de governar sem oposição. A História dá alguns exemplos de autocratas que mandaram para exílio, fuzilaram ou condenaram ao silêncio aqueles que se opuseram, mantiveram o comportamento crítico ou mesmo não apoiaram efusivamente.

Bertolt Brecht, o autor do tão conhecido texto sobre o analfabeto político, foi também o autor da frase "Quem não conhece a verdade não passa de um tolo; mas quem a conhece e a chama de mentira é um criminoso!".
A oposição faz o contraponto, fiscaliza, oferece novas perspectivas e mostra quais devem ser os limites do governo. A oposição é que garante, a qualquer cidadão, o direito de manifestar livremente suas opiniões sobre aqueles que o governam.

A oposição é a garantia da democracia. E não se enganem, é preciso ter muita coragem para fazer oposição aos erros de uma administração em andamento. A maioria prefere abaixar a cabeça. Poucos se arriscam para apontar os equívocos, mostrar imperfeições e sugerir outras possibilidades, se for o caso.

Todos sabemos que a oposição é salutar, benéfica. E ela tem mesmo de existir. Isso é uma prática da democracia, graças a Deus. Toda unanimidade é burra, disse Nelson Rodrigues, e um governo sem oposição castra o povo. Quem está na situação, quem governa, precisa ter sabedoria para conviver com a oposição e com as críticas. Não podem considerar todos os oposicionistas como sendo seus inimigos. E algumas críticas deveriam ser bem-vindas. Como sempre escreve o jornalista Márcio Passos, um prefeito precisa mais de assessores competentes do que puxa-sacos. É preciso discernir o joio do trigo.

Cobrar as ações do Executivo ou fazer críticas. Não pode? Por quê? Tem alguém intocável e imune aos preceitos democráticos? O papel da oposição é este, de cobrar e fiscalizar. Então, se alguém se sente incomodado, pode ter culpa no cartório ou falta maturidade nesse processo.
Importante em qualquer democracia, isso é mais ainda em uma sociedade marcada por tantas diversidades sociais, culturais e políticas como o Brasil, em que o vencedor das eleições se elege com pouco mais da metade dos votos válidos, mas tem de governar também para a outra metade que opta tanto por alternativas políticas diferentes, como pela não-escolha (abstenções somadas aos votos brancos e dos eleitores). Assim, se envolve cooperação entre forças políticas distintas, a democracia também depende de que posições conflitantes sejam toleradas, possam se expressar e estejam representadas no sistema político. Essa exigência depende de que a lei e as instituições a assegurem, mas a garantia de seu funcionamento depende muito da existência de uma oposição ativa.

sábado, 11 de junho de 2011

12 de junho, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil

Por Cristiano Morsolin em 09/06/2011

Apesar de no Brasil, o trabalho infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, a realidade continua sendo outra.
O PETI (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil) vem trabalhando arduamente para erradicar o trabalho infantil. Infelizmente mesmo com todo o seu empenho, a previsão é de poder atender com seus projetos, cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes trabalhadores, segundo acompanhamento do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos). Do total de crianças e adolescentes atendidos, 3,7 milhões estarão de fora.

Perfil do trabalho infantil no Brasil

O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, muitos deles sem receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 13 anos.

Como já era de se esperar, o trabalho infantil ainda é predominantemente agrícola. Cerca de 36,5% das crianças estão em granjas, sítios e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. No Nordeste, 46,5% aparecem trabalhando em fazendas e sítios.

A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que vemos na televisão. Há dois pesos e duas medidas. Achamos um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, quebrando pedras, deixando sequelas nessas vítimas indefesas, mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações e comerciais, segundo dados do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos).

 

XIII Fica: “Preservar também é arte”

O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental – Fica – chega a sua 13ª edição com 5 mostras de cinema, Fórum de Cinema e Ambiental, 7 cursos, 9 oficinas, 14 palestras, Fica Limpo, Mercado das Artes, Exposição Veiga Valle, Empório Sebrae, shows de artistas goianos, grandes atrações musicais nacionais e, pela primeira vez, um show musical internacional. Além de uma extensa programação, o Fica está sendo concebido dentro de padrões ecologicamente corretos, do contato com fornecedores até a redução de papelaria.

Arnaldo Jabor: homenageado
A programação de cinema é dividida em Mostra Competitiva, IX Mostra ABD, Fica Animado (Mostra Infantil), Mostra do Cinema Brasileiro e, ao final do festival, Mostra dos Filmes Vencedores do XIII Fica, com cerimônia de premiação aos escolhidos pelo júri especializado e pelo voto popular.

Estão concorrendo à premiação 30 produções vindas de Goiás, São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e os estrangeiros da Argentina, República Tcheca, Itália, Bélgica, Suíça, Armênia, Holanda, China, França, Chile, Estados Unidos e Reino Unido.

Na Mostra do Cinema Brasileiro, o grande homenageado é Arnaldo Jabor, que, junto com Cacá Dieges, vêm ao festival para um debate sobre o cinema brasileiro.  O Fórum de Cinema ainda traz outras palestras e debates com os realizadores do festival, cursos e oficinas de introdução ao cinema, efeitos especiais, animação, fotografia e mais.

Marina Silva
No Fórum Ambiental, o grande destaque é a presença da ambientalista Marina Silva que, junto com o índio Benki Pinhanta Ashaninka, vem discutir os avanços de desafios da conferência Rio + 20. Com a colaboração dos reitores da UFG, Edward Madureira Brasil, UEG, Luiz Antônio Arantes, e da PUC-GO, Wolmir Amado, e do secretário estadual de Meio Ambiente, Leonardo Vilela, o Fórum ainda discute clima e conservação do patrimônio histórico, história cultural ambiental e o energia nuclear.

Os cursos e oficinas de meio ambiente ensinam sobre artesanato, construções sustentáveis, batuque reciclado, aproveitamento alimentar de frutos do Cerrado, cultivo de plantas, recuperação de nascentes e gestão de resíduos sólidos.

Manu Chao, atração internacional
O XIII Fica tem a colaboração do Sebrae, que faz um Empório com palestras e seminários sobre cineclubes, Economia Criativa, gestão cultural, sistemas municipais de cultura e gestão do patrimônio cultural e natural . O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan – também contribui com o festival realizando a exposição Bonecas Karajá. 

Maria Rita
Na programação artística, a cantora Maria Rita faz show na Praça de Eventos Beira Rio. No sábado, dia 18, o Fica recebe sua primeira atração musical internacional, Manu Chao, cantor francês que vem com sua banda Mano Negra, misturando influências da música francesa, espanhola e do punk. Mano também participa da oficina de Artes Plásticas. No dia 19, Rita Lee, considerada a rainha do rock, encerra o XIII Fica com o show da turnê ETC…, que apresenta sucessos históricos da carreira da cantora.
Fonte: Jornal do Vale.