terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SOBRE O CARNAVAL

Face a aproximidade do carnaval, eis uma mensagem do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, oportuna à nossa reflexão:

SOBRE O CARNAVAL
Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.
É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização.
Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.
Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Atitudes ousadas que podem dar certo, ou não

Os ventos da mudança sopram em Goiás. O governador Marconi Perillo, notável pela visão sempre avançada que têm tanto no campo político quanto administrativo, surpreendido no início deste seu terceiro mandato.
Marconi enxergou à frente de todos quando, ainda em 1998, enfrentou o imbatível Iris Rezende para a eleição de governador. Enxergou o que ninguém via: a possibilidade de derrotar o gigante. Enfrentou e venceu, foi notícia em todo o País e marcou história em Goiás. No governo, prá citar só uma de suas inovadoras ações, trocou a distribuição de cestas de alimentos por dinheiro vivo, através do cartão da renda cidadã e derrubou todas as críticas contrárias com o sucesso da idéia que foi modelo para outros estados e também para o Governo Federal: Ta aí o Bolsa Família que popularizou o presidente Lula junto às camadas mais pobres da população e garantiu a eleição da atual presidente. O próprio Lula anunciou de onde copiou a idéia. Para não estender demais, fica aí dois exemplos da ousadia deste governador que dita até etiqueta de moda: a camisa azul!
Nesta caminhada política agora neste terceiro mandato, já no início, Marconi ousa, antes do campo administrativo, no campo político. O convite a um deputado do partido opositor e derrotado no embate eleitoral para a maior secretaria do governo é histórico, marcante e muito ousado. Tem muita gente tonta ainda sobre esse assunto. Alguns, incrivelmente tontos e falando sozinhos, a exemplo do casal Iris Rezende que não encontra eco para suas palavras dentro do Estado e do partido que lideram há cerca de 50 anos. Mas o poder atrai e distrai, ou seja, algumas opiniões são omitidas, inibidas ou ofuscadas pelo brilho do poder de um novo governo que começa. É preciso esperar para opinar. É cedo demais para ser contra uma atitude que pode dar certo e isso, junto com a força do poder, faz acovardar alguma opinião contrária. Resta esperar mesmo e, só depois criticar de verdade, quando o poder já enfraquecido pelo passar do tempo, e, um possível desgaste já ter ocorrido então oportunamente descer o pau sem dó e criticar prá valer, inclusive dizendo já ter previsto o desacerto na atitude. É assim que se faz na política, tirar proveito da situação no momento oportuno. Não sei se é certo, mas sempre foi assim que funcionou, vamos ver se nesse caso será diferente.
Vem outro passo ousado do nosso governador que é a reunião com os prefeitos do PMDB, que como pano de fundo, parece ser um ato seqüente ao primeiro mencionado, como apoio à participação do deputado peemedebista no governo tucano. A reunião dos 55 prefeitos do PMDB, dia 09 de fevereiro no Palácio com o governador Marconi Perillo mostra, além de uma provável parceria administrativa, também uma transparente perda de comando de Iris Rezende na seara de seu partido, visto que se posiciona a favor da expulsão de Thiago Peixoto da legenda e não consegue solidariedade junto aos prefeitos, o que o enfraquece nitidamente perante a opinião pública. Mas, o retrato que alguns podem não estar vendo desse almoço entre recentes adversários no Palácio, pode se revelar depois de passado esse “respeito silencioso” ao governo que se inicia, com uma insatisfação ou incompreensão na própria base governista, ou melhor, dos aliados e companheiros da base governista, aqueles que não participam do governo, mas dão sustentação política, que votou ou ajudou na vitória histórica de Marconi Perillo. Esse retrato, ainda sem imagem nítida, com passar do tempo, pode mostrar um sentimento de traição por parte de correligionários e desejo de vingança que virá, quiçá, em um pleito a seguir. O eleitor não perdoa mudanças políticas abruptas de postura por parte de seus líderes.
Marconi Perillo vê adiante, sempre na frente dos políticos habituais. Esta à frente de muitos, no tempo e no espaço, tem raciocínio lógico veloz e acertado, age com equilíbrio. Até os mais observadores dos pensadores políticos tem errado quando fazem análises acerca de ações marconista. Pesquisas, pensadores, políticos, todos estão acostumados a errarem sobre Marconi Perillo. Vamos ver onde estará o acerto, mais uma vez, na ousadia do jovem tucano que foi menino na pequena Palmeiras de Goiás, de onde saiu para entrar e fazer a historia no Governo de Goias.